O QUE FAZER EM 4 DIAS EM LIMA
A capital do Peru é subestimada por muitos, e tida como apenas uma cidade para fazer escala. Eu pisei em Lima e já me apaixonei no primeiro dia, lembra muito o nosso Rio de Janeiro, belíssima.
Mais um dos motivos para ir ao Peru: brasileiros não precisam de passaporte, podem entrar com o rg.
Em primeiro lugar, Lima é uma cidade litoranea, então você não terá nenhum problema com um altitude.
Passei 4 dias por lá, e pude ver a diversidade turística que a cidade oferece: praia, bairros modernos, catatumbas, museus, um shopping com a vista incrível.
Dica de como se transportar por lá: aplicativos uber e easy táxi.
Cuidado com os taxistas do aeroporto, enganam muita gente e eu fui uma delas.
Um homem apareceu oferecendo táxi mais barato (em sóis, moeda deles), estava com crachá e tudo, por isso confiei.
Perguntei se aceitava cartão de crédito, ele disse que sim.
No meio do caminho, ele parou num banco e disse para eu sacar o dinheiro. E que seria o valor que ele disse, só que em dólares! O que ficava 6x mais caro.
Onde se hospedar: a grande maioria dos turistas fica no bairro de Miraflores. É o bairro de classe média alta de Lima, bem seguro, e com muito comércio por perto.
Lá eu fiquei em hostel com quarto privativo, porém banheiro compartilhado. O Selina. Eu amo essa rede de hostels, que tem em diversos lugares do mundo. É muito bem organizado, limpo e oferece muitos eventos, tours e festas aos turistas.
Roteiro Lima
Dia 1
Cheguei, e após passar no hotel para deixar as malas, descansar um pouco, fui ao shopping Larcomar. Foi aí que me apaixonei por Lima, nunca vi nada igual, um shopping aberto com uma vista belíssima para o mar.
Também tem muitas lojas legais, eu acabei pegando um vestidinho na H&M. Heheh
Segui para o Malecón, que é como eles chamam o calçadão deles. Andei por todo o calçadão, ele é beeem grande e muito bonito. Possui várias estatuetas, e pequenos parques nele, como o parque do Amor.
Entre muitas fotos, pausas pra descansar e apreciar, assistir o por do sol, cheguei ao fim do calçadão e fui jantar lá por perto no Poke 51.
Um restaurante de comida japonesa com peruana. Os preços são ótimos e os pratos também.
Não deixe de pedir o atum e o niguiri deles.
Dia 2
HUACCA PUCLLANA
É um sítio arqueológico em meio a cidade de Lima. Foi descoberto em 1980, e a população que ali vivia era de 200- 700 d.C, pré-incas, e com muitos hábitos e rituais interessantes.
A visita é guiada, e há tanto em espanhol como em inglês.
Vale a pena ir porque é lindo ver a antiguidade misturada com a modernidade tão perto.
Após fui almoçar no Barra Chalaca para conhecer a verdadeira comida Peruana.
De lá fui para o Circuito Mágico das Águas, no parque da Reserva. É um show que acontece a noite, lindo, e com certeza deve estar em seu roteiro.
DIA 03
Dia de conhecer o bairro Barranco. É a região mais Bohemia de Lima, e super instagramavel! Cheia de cantinhos coloridos e grafites.
Comecei pelo parque Husares, que segue a linha da praia, dando uma linda vista por onde você vai.
Ao terminar siga em frente até a ponte dos suspiros. Diz a lenda que quem passar prendendo a respiração por ela e fazendo um pedido, é realizado.
Aproveite para olhar cada cantinho da região, é tudo muito fofo.
Segui em direção ao mar, e desci para conhecer as praias do pacífico.
A praia acessível ao banho é fechada, e há seguranças que revistam todo mundo antes de entrar. É proibido entrar com bebidas alcoólicas e alimentos. Ou seja, é proibido a nossa farofa por lá hahaha.
De lá peguei um uber para conhecer a comida amazônica peruana, no Mar y Selva Fusion.
Acho que foi meu restaurante preferido de Lima. Nunca comi nada igual! Delicioso, tudo! Principalmente a entrada de banana da terra com recheio de carne e queijo.
Depois fui assistir ao por do sol no bar do hotel Pullman de Miraflores.
E a noite, andei pela região até o meu hostel. É bem movimentada e tudo iluminado. Fica ainda mais linda a cidade.
Dia 04
Dia de conhecer o centro histórico da cidade, quem vai a Lima não pode deixar de conhecer. É o centro mais bonito e conservado que já visitei em toda a América do Sul e central. Tudo lindo, em constante reforma. Muito policiamento e organização.
Você pode fazer esse roteiro:
– Arredores da Plaza de Armas– Igreja de Santo Domingo– Tour na Igreja de São Francisco e catacumbas– Bairro Chino e Mercado Central.
Depois fui almoçar no Restaurante Paralelo, onde comi o melhor ceviche de Lima.
E a sobremesa é uma verdadeira arte:
À tarde tentei ir ao Mate - Museo Mario Testino, mas chegando lá descobri que estava fechado há dois anos.
Então voltei para o hostel buscar minhas malas e ir para o aeroporto rumo a Cusco.
Se desse tempo teria ido conhecer o museu LARCO, que dizem ser imperdível em Lima. Mas fica para a próxima.
CUSCO
No Brasil, o atendente do aeroporto me orientou a não despachar minha bagagem (estava com a de mão) de Lima para Cusco, pois há alta taxa de extravio lá.
Cheguei em Cusco pelo aeroporto, já vacinado dos taxistas. Hahaha
Pedi um Uber na saída do aeroporto, e deu tudo certo, chegou rapidinho.
Lá eu fiquei no Parawana Hostel. Ele foi mais simples que o Selina, que eu fiquei em Lima, mas muito bom também.
Tinha um bar com muitas atividades para a galera interagir e se conhecer.
Ele fica bem no centro, então a localização foi perfeita.
Os preços de Cusco são bem mais baratos que em Lima, então deixe para comprar roupas e lembrancinhas lá.
Cusco fica a uma altitude de 3200m, então é bem comum as pessoas passarem mal com o “mal da altitude”.
Como a taxa de oxigênio no ambiente diminui conforme aumenta a altura, quem não está acostumado pode ter sintomas como dor de cabeça, falta de ar, náuseas, vômitos e fadiga.
A dica é deixar o primeiro dia para descansar, não fazer atividades de esforço, comer muita gordura ou álcool, para seu corpo se adaptar. Também deve-se beber bastante agua, e, em todos os lugares, você encontra a folha de coca. Ela ajuda muito nos sintomas do mal da altitude. No dia que não tomei o chá dela ficava com falta de ar dando pequenas caminhadas.
Deixei para fechar os passeios lá. Não faça isso, não cometa esse erro. Quase fiquei sem ir a Machupicchu. Conto com mais detalhes logo abaixo.
Dia 01
Como cheguei na noite anterior, achei que já estava descansada e que meu corpo estava adaptado a altitude. Fui então fazer um tour grátis que a cidade disponibiliza. No meio do tour fiquei muito mal, dor de cabeça e tontura. Tive que voltar ao hostel, onde descansei pela tarde.
No final da tarde fui comprar os passeios que eu queria fazer: machupicchu e Montanha das 7 cores. E me deparei com o fato de que não havia mais ingressos para os próximos dois dias em Machupicchu.
Fui em várias agências, até que uma conseguiu ingressos para mim, dizendo que eu só teria que entrar por um outro acesso, mas conseguiria ir a Machupichu.
Bem, agarrei a oportunidade e comprei.
Á noite fui jantar no Kushka. É um restaurante mais requintado da região, e mesmo assim, seus valores não são caros.
Comi lá o melhor creme Brulee da minha vida.
DIA 02
Excursão a Machupicchu.
Bem, confesso que foi um dia decepcionante. Não parava de chover, antes de entrar no parque eu já estava ensopada e morrendo de frio.
Chegando no parque descobri que eu não teria acesso a parte principal de Machupicchu, o topo, onde tiram aquelas fotos que são cartão postal do lugar.
O fato é que há 4 tipos de ingressos. Os 1 e 2 estavam esgotados, e só tinha o 3 e 4, que não dão acesso ao topo, disponíveis. Foi o que me venderam, mas não avisaram sobre esse detalhe.
Me decepcionei com a agência. Paguei quase 1000 reais para esse passeio.
Eu recomendo que fechem esse passeio por conta. A agência que fechei só comprou os bilhetes dos ônibus, trem e entrada do parque. Mas não tinha nenhum guia para acompanhar, era eu por mim mesma.
Então se é para se virar sozinha, é melhor fechar tudo pela internet que sai mais barato.
Além de que a agência fechou os piores horários de trem (que eram os mais baratos) para mim. Então acordei as 3:30am e cheguei só no outro dia, 01:00am.
O que você tem que comprar:
1-passagem de ônibus de Cusco para Ollantaytambo.
2-passagem de trem da estação de Ollantaytambo a Machupicchu.
3-ônibus que te leva da estação Machupicchu ao Parque Machupicchu.
4-ônibus que te leva de volta do Parque Machupicchu para a estação de trem.
5-passagem de trem da estação Machupicchu para Ollantaytambo
6-passagem de ônibus da cidade de Ollantaytambo à Cusco.
Os ônibus que te levam e buscam do Parque Machupicchu podem ser comprados na hora.
Acabei saindo às 11h do parque Machupicchu, e fui tentar adiantar minha passagem de trem, que era para as 21h. Não dava para adiantar, e as outras passagens estavam custando 89 dólares.
Fui almoçar e decidi pegar um hostel para descansar até a noite.
Saí para jantar antes do trem partir e comi em um restaurante delicioso: Ylla organic Food.
Os preços dessa região são todos mais caros.
Dia 03
Fui fazer a trilha da montanha Colorida, ou Rainbow Mountain.
O dia é longo, pois a montanha fica longe da cidade.
A montanha é temida por muitos por conta de sua altitude. Ela fica a 4200m de altitude e seu topo chega a 5000m.
Muita gente passa mal, e eu fui uma delas hehehe.
Antes de subir tomei muito chá de coca, levei remédio para altitude e óleo essencial que ajuda na respiração. Mesmo assim, conforme ia subindo ficava cada vez mais difícil de respirar. Mas deu para ir, É só ir parando e fazendo no seu tempo.
A vista da trilha já é maravilhosa, no topo então, é incrível.
Posso dizer que foi a trilha mais difícil, porém a mais linda que já fiz na vida.
À noite fui conhecer o Bar Museo do Pisco, que conta um pouco da história da bebida dos incas.
DIA 04
Como estava sem dormir direito aproveitei para descansar e acordei umas 09h. Fiz a mala, andei um pouco pelo centro de Cusco, e fui almoçar no restaurante japonês Kintaro. O forte deles é o Lamen, muito bom.
Segui para o aeroporto e fim de viagem.
Se quiser tirar alguma dúvida entre em contato comigo por DM no Instagram :)
@laripauli
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